quinta-feira, 31 de maio de 2012



Portugal - Um "case study".
Com tanta trapalhada ocorrida nos últimos dias, não foi dado o revido relevo a esta afirmação lapidar do Ministro Álvaro Pereira.
Como ele anda com um ar um pouco bronzeado, talvez tenha apanhado demasiado sol na cabeça e seja essa a razão para lhe ter ocorrido esta ideia brilhante.
Portugal transformado num “case study” para toda a Europa, com a Angela, as agências de rating e os mercados, finalmente, rendidos aos talentos dos governantes portugas.
Para o Álvaro, vão os nossos mais sinceros desejos de melhoras.

quarta-feira, 30 de maio de 2012



Um espião à portuguesa

Eis um verdadeiro espião à portuguesa, ao nível do Get Smart , a querer fazer-se passar por 007.
O homem ambicionava ser assim um chefe da CIA ou do MI5, como via nos filmes de espiões ou nos livros do John Le Carré. Vai daí desatou a colecionar dados pessoais de personagens, mediáticas para mostrar serviço.
O problema é que estas coisas da espionagem devem ser mesmo secretas e não do conhecimento público, logo a extensa divulgação de sms, relatórios e outros segredos (?) não o ajudaram muito a atingir os seus objetivos.
Agora, todos aqueles que receberam a dita informação, vão alegar que não tinham pedido nada, que não a utilizaram essa mesma informação e que o homem não conseguiu nada do que almejava.
O final da história já todos sabemos. A informação acumulada vai acabar por ser útil e o processo vai prolongar-se por vários anos, até prescrever.

terça-feira, 29 de maio de 2012



Comissão de inquérito – Finalmente um responsável

Os resultados destas comissões, como já nos habituámos, são, quase sempre, inconclusivos ou irrelevantes.
Ouvem-se umas tantas pessoas, quanto mais melhor, em função das preferências partidárias.
No final, raramente chegam a acordo acerca do relatório e, por vezes, aparece mais que uma versão, em função dos interesses político-partidários.
Neste caso do BPN, já se minimizaram os desideratos principais que deveriam ser o julgamento e a condenação dos verdadeiros culpados, por parte do poder judicial.
Vamos todos ficar à espera que o caso, como habitualmente, prescreva. Então lá virá mais uma comissão para discutir mais não sei o quê, que é para isso que temos tantos deputados a desperdiçar o dinheiro dos nossos impostos.

segunda-feira, 28 de maio de 2012



The Iron Frau com negativa a Geografia

(In Diário de Notícias 28/5/2012)
"No encontro entre a chanceler alemã e os estudantes, era pedido aos assistentes para localizarem num mapa da Alemanha a sua cidade e, supostamente, Merkel deveria fazer o mesmo, assinalando a cidade de Hamburgo.No entanto, segundo o jornal "ABC", antes de se lançarem nestas "árduas" tarefas, a líder alemã decidiu que era melhor começarem por indicar no mapa a localização da capital do país, Berlim. Em má hora o fez, porque, para grande surpresa de todos, Angela Merkel indicou a localização de Berlim... em território russo!"
Ai temos portanto, a grande líder europeia em todo o seu esplendor e sapiência pensando que a capital do seu próprio pais se situa na Rússia.
Imaginem o pobre do PPC dizer que Lisboa ficava na Alemanha ou Massamá nas Caraíbas.
A sério, será que a senhora ainda está em pleno uso das suas faculdades mentais, ou foi do desgosto pela separação do Nicolas Sarkozy ?

domingo, 27 de maio de 2012



Adenda – Oscar do consenso

Este episódio da adenda passa os limites do ridículo. De vez em quando o Tozé Seguro necessita de dar prova de vida da sua suposta oposição e saem cenas de enorme talento cinematográfico como esta.
Quase tão mau como um governo desgraçado é a inexistência de oposição.
 Ou a estratégia do Seguro passa por esperar sentado à espera do suicídio do governo, ou pensa mesmo que está a fazer oposição e isso é ainda mais grave.


Um ano de troika - A comissão liquidatária

O que nos chateia mesmo são aqueles portugueses e aquela imprensa (pressionada?) que adotam uma pose reverente e submissa perante esta Troika. Parece que está tudo dependente da classificação que aqueles senhores iluminados fazem o favor de nos dar.
Se nos tivermos portado bem, teremos direito a mais uma “tranche” de empréstimo que os malandros dos “mercados” nos negam.
Parece que quase toda a gente se esquece que não nos dão nada. Emprestam-nos a um juro elevado e estão a criar-nos condições para nunca mais sermos capazes de, pelo menos, reduzir a dívida.

  • ·         Uma contração brutal da economia
  • ·         Um desemprego galopante
  • ·         Uma quebra insuportável do poder de compra
  • ·         Redução drástica do nível de vida
  • ·         Uma enorme dificuldade no acesso aos cuidados de saúde
  • ·         Fome
  • ·         Privatizações ao preço da chuva
  • ·         Etc…etc…etc
Perante isto, como povo pacífico, vamos continuar calmos e tolerantes. Talvez à espera que apareça outro grupo de “malucos” que resolva arriscar e fazer outro 25. Aí sairíamos todos à rua a gritar o “Povo unido, jamais será vencido” e outros slogans do género para que passados alguns anos voltasse tudo ao mesmo.

sábado, 26 de maio de 2012



O Chef Relvas prepara o futuro

Com toda esta trapalhada em volta das secretas e das pressões a jornalistas, a continuidade do ministro Relvas no governo começa a tornar-se problemática.
Não parece que o PPC possa segurá-lo por muito mais tempo pois corre o risco de também ser arrastado na enxurrada.
Por outro lado, perder o número 2 (para alguns o número 1) do governo será um rude golpe que fragilizará irreparavelmente o executivo.
Enquanto o Passos Coelho não resolve este primeiro grande desafio à sua liderança, é tempo de o Relvas começar a pensar no seu futuro.
Aqui deixamos esta sugestão, dados os aparentes dotes culinários do ainda ministro. Tanto cozinhou que vai acabar na cozinha.


Afinal, os mafiosos são uns amadores.
Há uma irracionalidade fundamentalista que se apoderou dos apoiantes desta personagem.
Diga o homem as baboseiras que lhe vierem à cabeça, com aquele seu ar de stand up comedy velho e caduco, que todos os seus seguidores, incluindo uma certa imprensa bajuladora, acham um piadão.
Por vezes, damos connosco a imaginar aquela cena decadente do filme “O touro enraivecido”,  com o Jake LaMota (Robert de Niro) a contar aquelas “piadolas” requentadas e secas, perante a condescendência piedosa da assistência do restaurante.
Por outro lado, num país onde a corrupção atingiu um estado de quase completa impunidade, o homem, apesar da sua volumetria, lá vai passando por entre os pingos de chuva das diversas suspeitas e acusações, como se isso, infelizmente, fosse algo de relevante.
Muita gente ouviu, vezes sem conta, as famigeradas cassetes das escutas e não se ouviu ninguém contestar a veracidade das conversas. Contestou-se sim, a legalidade das referidas escutas, a sua constitucionalidade e mais alguns detalhes técnicos judiciais.
Mas a moral interessa alguma coisa, quanto o importante são os resultados?
Até na Itália da máfia haveria pesadas consequências para um caso como este, mas aqui, neste jardim à beira-mar plantado, as coisas são mesmo assim e os próprios mafiosos teriam muito a aprender.

sexta-feira, 25 de maio de 2012



A direção do público afirma que foi o ministro Relvas que pressionou e, segundo dizem os jornais, ameaçou divulgar na Internet que a jornalista visada vive com um homem de um partido da oposição, o que, como se sabe, constitui crime grave.
Pela sua parte o ministro considera-se pressionado porque lhe fizeram perguntas “pidescas” acerca do caso das secretas.
 Parece que vamos continuar ansiosos por saber quem pressionou quem por tempo indeterminado. Entretanto, seria interessante que Relvas nos esclarecesse porque é que considerou as perguntas “pidescas”, não estejamos nós a ter uma ideia errada do que foi a Pide.


Casablanca é um filme com várias cenas carregadas de um simbolismo que, por vezes, passa mensagens subliminais. Muitos se recordam desta cena mítica, em que o personagem Viktor Lazlo manda cantar a Marselhesa. Como resposta, a clientela heterogénea do Rick`s Café entoa o referido hino de uma forma vibrante e sofrida, provocando a ira do grupo de oficiais alemães habitual frequentador do Café.
Na sequência do ocorrido, o furibundo oficial alemão mais graduado do grupo ordena o encerramento imediato do Café.
Esta cena simboliza a arrogância, a prepotência e o desprezo daqueles que, presumindo uma hipotética superioridade de uma “raça ariana”, pretendem impor as suas regras sem olhar a meios.

quinta-feira, 24 de maio de 2012



Se fizessem uma sondagem à opinião pública, não teríamos a menor dúvida que a maioria esmagadora dos inquiridos diria que acredita na jornalista do público e não nesta personagem desacreditada do ministro Relvas.
Sem imaginar grandes teorias da conspiração, facilmente seriamos levados à conclusão que a informação pessoal, que o Relvas alegadamente ameaçou divulgar, poderia muito bem fazer parte da informação privilegiada disponibilizada pelo homem das secretas.
Este tipo de atuação é, no mínimo, preocupante e a fazer lembrar os tempos do outro senhor.
Já sem uma réstia de credibilidade para continuar a lidar com a comunicação social e, sem condições para liderar uma eventual privatização da RTP, resta a esta inenarrável personagem… demitir-se para descanso de todos nós