sábado, 26 de maio de 2012



Afinal, os mafiosos são uns amadores.
Há uma irracionalidade fundamentalista que se apoderou dos apoiantes desta personagem.
Diga o homem as baboseiras que lhe vierem à cabeça, com aquele seu ar de stand up comedy velho e caduco, que todos os seus seguidores, incluindo uma certa imprensa bajuladora, acham um piadão.
Por vezes, damos connosco a imaginar aquela cena decadente do filme “O touro enraivecido”,  com o Jake LaMota (Robert de Niro) a contar aquelas “piadolas” requentadas e secas, perante a condescendência piedosa da assistência do restaurante.
Por outro lado, num país onde a corrupção atingiu um estado de quase completa impunidade, o homem, apesar da sua volumetria, lá vai passando por entre os pingos de chuva das diversas suspeitas e acusações, como se isso, infelizmente, fosse algo de relevante.
Muita gente ouviu, vezes sem conta, as famigeradas cassetes das escutas e não se ouviu ninguém contestar a veracidade das conversas. Contestou-se sim, a legalidade das referidas escutas, a sua constitucionalidade e mais alguns detalhes técnicos judiciais.
Mas a moral interessa alguma coisa, quanto o importante são os resultados?
Até na Itália da máfia haveria pesadas consequências para um caso como este, mas aqui, neste jardim à beira-mar plantado, as coisas são mesmo assim e os próprios mafiosos teriam muito a aprender.

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