terça-feira, 2 de outubro de 2012


A oposição e os joguinhos partidários

Quase tão trágico como um governo extremamente incompetente e insensível é a ausência de uma verdadeira oposição capaz de interpretar a voz de protesto que os portugueses fizeram ouvir, de forma genuína e categórica, em 15 de Setembro.
O Partido Socialista, que seria suposto liderar a oposição, vai fazendo uns comunicados e declarações inconsequentes esperando que o governo, mais tarde ou mais cedo, acabe por cair por si próprio.
Até lá, assistimos à destruição irreversível da economia e às privatizações ao desbarato de sectores estratégicos, comprometendo o futuro das gerações futuras.
Enquanto isso, os outros dois partidos da oposição, mais preocupados com o tacticismo político, nem sequer conseguem avançar com uma moção de censura comum, mais parecendo que as referidas moções se destinam a “entalar” o PS.
No final das 3 horas de discussão das moções, com uma parte desse tempo gasta em “guerrinhas” entre os partidos da oposição, vai resultar um “tiro no pé” e mais uma oportunidade perdida de contribuir para abreviar a vida deste desgoverno.
Mas o pior de tudo é que vai passar a ideia perigosa de que o governo é péssimo, mas que “não há alternativa credível”.
Essa ideia vai ser explorada até à exaustão por quem tem cada vez menos argumentos válidos para defender esta coligação moribunda.

Sem comentários :

Enviar um comentário

Os seus comentários serão apreciados.