TRADIÇÕES, SÓ QUANDO DÁ JEITO|
Ao argumento – constitucional – de que as eleições
legislativas se destinam a eleger os deputados que formam a assembleia e não um
primeiro-ministro, têm vindo os comentadores, politólogos, cientistas(?) e
outros quejandos pafianos a contra argumentar, afirmando que a “tradição” tem
sido os eleitores elegerem o chefe do executivo.
Se recuarmos no tempo até 17 de julho de 2004,
recordar-nos-emos do hilariante governo do Santana Flopes, quando na tomada de
posse o Paulinho não sabia que também seria ministro do Mar e a Teresa Caeiro
pensava que ia ser secretária de estado da Defesa em vez da Cultura.
O Cherne tinha sido “eleito” primeiro-ministro – como eles gostam de dizer -, mas, perante o tacho tentador da Comissão Europeia, resolveu deixar o “país ainda mais de tanga”, pirou-se para Bruxelas e o Santana Flopes… sucedeu-lhe no cargo.
O argumento, então apresentado pela direita e a que Jorge Sampaio foi sensível, era de que “as eleições elegiam deputados e não o primeiro-ministro”, logo a assembleia tinha legitimidade para escolher um primeiro-ministro de substituição.
Aqui o argumento de que os portugueses não tinham votado no Santana Flopes não foi tido em conta.
As tradições são assim, só se aplicam quando convém.
O Cherne tinha sido “eleito” primeiro-ministro – como eles gostam de dizer -, mas, perante o tacho tentador da Comissão Europeia, resolveu deixar o “país ainda mais de tanga”, pirou-se para Bruxelas e o Santana Flopes… sucedeu-lhe no cargo.
O argumento, então apresentado pela direita e a que Jorge Sampaio foi sensível, era de que “as eleições elegiam deputados e não o primeiro-ministro”, logo a assembleia tinha legitimidade para escolher um primeiro-ministro de substituição.
Aqui o argumento de que os portugueses não tinham votado no Santana Flopes não foi tido em conta.
As tradições são assim, só se aplicam quando convém.
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